A retinose pigmentar, ou retinose pigmentária, é uma distrofia retiniana de origem genética e caracterizada por degeneração progressiva das células da retina, estrutura interna do olho responsável pela primeira etapa da formação de imagem.
Os sintomas podem diferir bastante de pessoa para pessoa, desde a idade de início da doença até a sua velocidade de progressão. Uma das queixas mais comuns no seu início é a cegueira noturna. Outra queixa bastante comum, é esbarrar, tropeçar em objetos e sofrer quedas pela perda da visão lateral.
A redução do campo visual periférico é lenta e progressiva, o que leva a uma adaptação natural. Por isso, muitas vezes o diagnóstico é tardio. Em determinado momento quando o campo visual se torna tubular, muito constrito, surge a dificuldade de deambulação.
A reabilitação visual irá atuar na retinose pigmentar primeiramente avaliando o estágio em que se encontra a doença. Várias ações podem ser adotadas:
- Treinamento de orientação e mobilidade nos casos que já apresentam dificuldade de deambulação;
- Uso de filtros medicinais para redução de fotofobia ou aumento da visão de contrastes também são indicados na maior parte dos casos;
- Uso de ampliação por meio de recursos ópticos e ou eletrônicos;
- Adaptações no ambiente de trabalho e no lar visando maior eficiência visual;
- Planejar e treinar a substituição da visão pelos outros sentidos, como tato e audição, quando a baixa visão é grave ou cegueira
Por Patricia Mucedola