Os pacientes com Baixa Visão podem ser beneficiados com a adaptação de recursos ópticos, como óculos especiais, lupas, telescópios ou sistemas de videomagnificação. Esses recursos proporcionam aumento das imagens e facilitam o uso da visão residual no desempenho de atividades da vida diária, no aprendizado e no exercício profissional. Em muitos casos, recursos não ópticos, como impressos ampliados de alto contraste, iluminação adequada e lentes filtrantes, também são indicados para oferecer conforto visual.

Os recursos ópticos tem como objetivo maximizar a eficiência visual e sua adaptação envolve treinamento para que o paciente possa desenvolver a habilidade para sua utilização nas atividades cotidianas, como a leitura, cópia de lousa, visualização de letreiro de ônibus e placas de rua.

A adaptação correta e adequada dos recursos é parte importante na melhora efetiva da qualidade de vida dos pacientes com Baixa Visão.

O Apoio Pedagógico Especializado contribui com o processo de desenvolvimento, habilitação e reabilitação da criança, jovem e adulto com deficiência visual.

A atuação ocorre prioritariamente na Avaliação funcional da visão e do desenvolvimento integral, respectivamente para pessoas com baixa visão e cegueira, com objetivos de:

Discutir as possibilidades e analisar as condições para o uso funcional da visão residual ou potencial para integração dos sentidos.

Eleger os recursos necessários que contribuem com o processo de aprendizagem.

Conhecer as possibilidades, dificuldades e limitações para estruturar a intervenção pedagógica, visando eliminar as barreiras de aprendizagem para a inclusão na família, escola, trabalho e comunidade.

Promover a Orientação educacional especializada aos pais, professores da escola regular e de gestores, no ambiente de trabalho.

As etapas da reabilitação visual no SENSO contam ainda com supervisão fisioterápica especializada objetivando a adequação ergonômica do deficiente visual nas diversas tarefas cotidianas, evitando o surgimento ou agravamento de condições patológicas ortopédicas tão comumente associadas a inadequação postural relacionada a condição visual do indivíduo.

Considerando a importância que tem a visão para o desenvolvimento da criança, a estimulação visual precoce é um importante recurso da habilitação visual, facilitando as etapas do desenvolvimento global da criança com baixa de visão e aproximando-a do padrão normal do desenvolvimento neuropsicomotor.

A Estimulação Visual Precoce visa proporcionar habilidade para o uso da visão residual através da apresentação de estímulos facilitadores adequados para a criança nas diferentes etapas de seu desenvolvimento e por meio de atividades lúdicas proporcionando a vivência de experiências e interação com o meio ambiente.

Orientação e Mobilidade é a liberdade de ir e vir com segurança e eficiência. Para alcançar tal liberdade é desenvolvido um plano seqüencial, criterioso, individual e progressivo de treinamento.

A pessoa com deficiência visual aprende a se orientar no ambiente através dos sentidos remanescentes e a visão residual, tornando possível a mobilidade independente. Esta conquista abre caminho para novos conhecimentos e novas ações na sociedade.

A psicoterapia é uma possibilidade de prática da Psicologia para o tratamento de dificuldades afetivas, emocionais e mentais, visando que o paciente e seu familiar aumentem sua percepção, proporcionando auto-conhecimento, desenvolvimento de recursos de enfrentamento, alívio de sofrimento psíquico e qualidade de vida.

Considerando tais fatores, a assistência psicológica em pacientes oftalmológicos também com foco nos familiares é parte fundamental no processo de reabilitação e habilitação visual.

Terapia Ocupacional é uma área da saúde que orienta atividades específicas para a melhora do desempenho ocupacional e da qualidade de vida do indivíduo.

Na deficiência visual, a Terapia Ocupacional trabalha, dentro da condição oftalmológica de cada indivíduo, a autonomia e independência através do uso da tecnologia assistida como facilitadora para diferentes contextos: brincar, atividades escolares, atividades de vida diária, atividades de vida prática e posicionamentos em mobiliários, promovendo ganhos nas habilidades funcionais.

Teste de Teller, ou cartões de Teller, é um procedimento que quantifica a acuidade visual em crianças pré-verbais e em pacientes com dificuldade ou limitação de informação.

Também é conhecido como CAT, Teste de acuidade de Teller, Teste dos cartões de Teller ou Teste do olhar preferencial.

É um método de grande importância que pode detectar alterações na visão em fase precoce do desenvolvimento visual, possibilitando tratamento em tempo adequado.

O uso de recursos digitais está definitivamente inserido tanto no cotidiano doméstico como laboral de todas as pessoas e em todas as faixas etárias e restringir seu uso acarreta perda importante na qualidade de vida das pessoas com deficiência visual.

Se por um lado o bom funcionamento da visão é imperativo para o uso de computadores, tablets, smartphones e demais dispositivos, diversos aplicativos digitais foram criados especificamente para facilitar as atividades cotidianas de indivíduos com baixa visão. Sendo assim, possibilitar o uso destes dispositivos pelos deficientes pode ser extremamente útil na promoção da autonomia e inclusão social dos deficientes visuais.

Neste sentido, a reabilitação visual do senso conta com um programa de treinamento em acessibilidade digital, derrubando a barreira do uso dos recursos digitais causada pela limitação visual e exercendo papel fundamental na recuperação da autonomia, qualidade de vida e inclusão social do deficiente visual.