A velocidade média de leitura é de 250 palavras por minuto (ppm), ou seja, um leitor com boa visão leva cerca de um minuto para terminar uma página. Tanto a perda da visão central, presente na degeneração macular relacionada a idade, edema macular diabético, degeneração miópica, doença de Stargardt, buraco de mácula, como campos visuais tubulares do glaucoma e retinose pigmentar por exemplo, causam enorme transtorno na habilidade de leitura.
A leitura fluente exige, além da capacidade de distinguir letras muitas vezes parecidas, por exemplo C, O e G, a visualização da palavra inteira e uma velocidade entre 100 e 200 ppm para uma boa compreensão do conteúdo lido. Pessoas com baixa visão trocam letras, perdem parte das palavras, (devido manchas na visão central), perdem a linha e a sequência causando uma redução significativa da velocidade de leitura, comprometendo diretamente o entendimento e o prazer de ler. Quando se lê devagar, como a mente é muito ágil, ela se dispersa. A compreensão depende também da dificuldade do texto, o que, por sua vez, está relacionado com os conhecimentos prévios do leitor.
Na baixa visão podemos otimizar a velocidade de leitura por meio de adaptação de recursos ópticos ou eletrônicos, lembrando que grande magnificação poderá reduzir a velocidade da leitura, uma vez que seja possível visualizar poucas letras, ou às vezes, uma letra por vez. Recursos de áudio também poderão ser adaptados (áudio books, leitores de tela) e utilizados integralmente ou intercalando com a leitura convencional.
Para leitores vorazes o melhor treino é ler, ler e ler! Exercícios e estratégias podem ajudar na retomada da leitura prazerosa, tanto no estudo, trabalho ou hobby.
Por Patricia Mucedola